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dois oradores


           Podemos observar diferenças de estilos e de estratégias nos dois oradores  ( aqueles q abordamos em aula e que peço que não mencionem  os nomes, por favor). Estou usando-os porque para nós foram exemplos vivos de boa oratória.
Vamos iniciar ressaltando que são duas pessoas bem diferentes no estilo de ser, o que reflete obviamente no estilo de falar. Ambos muito bons.
 O primeiro abordou um assunto muito explorado, que já trás no bojo pré conceitos por parte da platéia. O segundo  trouxe um assunto  que pôde ser aprofundado e não contava com um pré conceito da platéia.
 Daí, pudemos ver a diferença no comportamento dos oradores ao responderem as perguntas. O primeiro não pôde respaldar-se totalmente no seu discurso porque não pôde aprofundar como a platéia exigiu nas perguntas. O segundo como explorou mais e em profundidade, estava mais didático, com intuito de ensinar realmente, pôde responder fazendo referências ao próprio discurso com mais facilidade que o primeiro. O corte metodológico no assunto fez a diferença.
O primeiro recomendou livros para abordar mais amplamente os tópicos, e agiu como um orientador. O segundo repetiu didaticamente varias vezes os conceitos, para que a platéia os apreendessem, sem deixar de oferecer a referencia bibliográfica, agiu mais como um educador.
O primeiro orador foi mais “midiático”, utilizando recursos de velocidade de fala, melodia mais elaborada, marketing pessoal, merchandise, frases curtas, pouca repetição, alguma agressividade (ou se preferirem, bastante energia), como estratégia de convencimento.Utilizou exemplos e criou um clima de confidencia para criar a empatia.
 O segundo utilizou menor velocidade de fala pois havia interesse em ensinar um assunto  q ele mesmo considerou complexo e por isso lentificou a explicação. Ao modular a voz elegeu o volume como estratégia, fez menor marketing (mas pudemos observar que todos os alunos formam em igual numero atrás dos livros de  um e de outro. Igualmente). Utilizou frases longas de explicação e menores para resumir o conteúdo. Utilizou a humildade e emoção no olhar para criar empatia ( e foi essa estratégia que criou a “paixão”, sentida pela platéia). Utilizou a docilidade do discurso  firme, claro e pontual como estratégia de convencimento.
            Ambos foram: “vendáveis”, nós “compramos” o discurso dos dois. Verdadeiros, pois acreditamos em suas falas. Honestos, porque não entraram em oposição dentro das suas idéias. Se dispuseram como exemplos vivos de suas palavras, foram eficiente, agradáveis , coerentes nas suas imagens vocais, verbais e visuais. As posturas estavam de acordo com os assuntos. Ambos foram generosos pois estavam realmente doando-se a plateia.
 Vejam que os dois vestiram a personagem do orador enquanto no púlpito e despertaram o interesse “até o próximo capitulo”; um explicitamente, como  deve ser na mídia, o outro nas entrelinhas como os bons escritores, poetas domadores de sentimentos.
Podemos exemplificar hipoteticamente uma frase pra cada um dos oradores: “eu estive no seu lugar, eu fiz assim e deu certo;confie”. E o outro : “eu fui assim, como você é, e você será como eu;venha”. Presentes os 3 recursos da boa comunicação, do convencimento: Empatia, identificação e emoção. O que variou foi o grau de envolvimento, o estilo, de um e de outro.
Acho que com isso, dentro do que pode ser postado, esclarecemos alguns pontos entre dois oradores. NÃO, não, e não irei colocar o quadrinho que coloquei no quadro pra evitar “ctrl c ctrl v” e pra evitar interpretações errôneas, ok? Nesse nosso caso, contexto faz muita diferença e a exposição é grande na net!!! Espero que tenham aproveitado como uma aula prática e parafraseando: “pensem na mídia como um quarto poder...” aprendam com esses dois ótimos exemplos, escolham o que combina com seu jeito de ser e use em suas falas profissionais. Experimentem-se para se moldarem.

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